Não morrerás em mim. Não morrerás
assim como uma sombra na distância
o vento no horizonte e, nas manhãs,
a alegria mais pura que inventamos.
Serás presente em tudo e viverás
o segredo de todos os momentos.
Todas as coisas gritarão teu nome
e o silêncio mais puro, o mais sutil,
aquele que mais dói e acende as noites
e o ser profundamente intranquiliza
-este restituirá o movimento,
a eternidade viva de teus passos
e a certeza mais limpa de que nunca
tu morrerás em mim.
NÃO MORRERÁS.
(Sonetos do azul sem tempo)
1964/1978.
poesia de Gilberto Mendonça Teles
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