02 Apesar de Voce.wma
Apesar De Você
Chico Buarque
(Coro Crescendo)
Amanhã vai ser outro día x 3
Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão, não.
A minha gente hoje anda
Falando de lado e olhando pro chão.
Viu?
Você que inventou esse Estado
Inventou de inventar
Toda escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar o perdão.
(Coro)
Apesar de você
amanhã há de ser outro dia.
Eu pergunto a você onde vai se esconder
Da enorme euforia?
Como vai proibir
Quando o galo insistir em cantar?
Água nova brotando
E a gente se amando sem parar.
Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros. Juro!
Todo esse amor reprimido,
Esse grito contido,
Esse samba no escuro.
Você que inventou a tristeza
Ora tenha a fineza
de “desinventar”.
Você vai pagar, e é dobrado,
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar.
(Coro2) Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Ainda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria.
Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença.
E eu vou morrer de rir
E esse dia há de vir
antes do que você pensa.
Apesar de você
(Coro3)
Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia.
Como vai se explicar
Vendo o céu clarear, de repente,
Impunemente?
Como vai abafar
Nosso coro a cantar,
Na sua frente.
Apesar de você
(Coro4)
Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Você vai se dar mal, etc e tal,
La, laiá, la laiá, la laiá…….
Presidente Lula,
Queremos os arquivos da ditadura abertos
e toda a dor e o sofrimento reparados.
.
quinta-feira, 21 de maio de 2009
domingo, 10 de maio de 2009
Dia das Mães - Homenagem
A emocionante carta de Olga à Anita e a Carlos (Prestes).
É sua despedida. Escrita na prisão, no campo de concentração, às vésperas da execução.
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Trabalhadores. Lembrança da Praça do Operário
postado por Nise


Primeiro de Maio
(Chico Buarque e Milton Nascimento)
Hoje a cidade está parada
E ele apressa a caminhada
Pra acordar a namorada logo ali
E vai sorrindo, vai aflito
Pra mostrar, cheio de si
Que hoje ele é senhor das suas mãos
E das ferramentas
Quando a sirene não apita
Ela acorda mais bonita
Sua pele é sua chita, seu fustão
E, bem ou mal, é o seu veludo
É o tafetá que Deus lhe deu
E é bendito o fruto do suor
Do trabalho que é só seu
Hoje eles hão de consagrar
O dia inteiro pra se amar tanto
Ele, o artesão
Faz dentro dela a sua oficina
E ela, a tecelã
Vai fiar nas malhas do seu ventre
O homem de amanhã
enviado por Nise
(Chico Buarque e Milton Nascimento)
Hoje a cidade está parada
E ele apressa a caminhada
Pra acordar a namorada logo ali
E vai sorrindo, vai aflito
Pra mostrar, cheio de si
Que hoje ele é senhor das suas mãos
E das ferramentas
Quando a sirene não apita
Ela acorda mais bonita
Sua pele é sua chita, seu fustão
E, bem ou mal, é o seu veludo
É o tafetá que Deus lhe deu
E é bendito o fruto do suor
Do trabalho que é só seu
Hoje eles hão de consagrar
O dia inteiro pra se amar tanto
Ele, o artesão
Faz dentro dela a sua oficina
E ela, a tecelã
Vai fiar nas malhas do seu ventre
O homem de amanhã
enviado por Nise
sábado, 25 de abril de 2009
O discurso de Prestes - São Paulo a Luís Carlos Prestes
O filme é de Ruy Santos: Comício - São Paulo a Luis Carlos Prestes.
Do histórico discurso proferido no Estádio do Pacaembú em São Paulo, em julho de 1945. Luis Carlos Prestes é homenageado por trabalhadores da cidade e do campo e, ainda, por ilustres como Monteiro Lobato e Pablo Neruda, que lê o poema Mensagem. Mais de 100 mil pessoas lotaram o estádio.
Prestes, que - mesmo preso - foi eleito o Secretário Geral do Partido Comunista do Brasil na Conferência da Mantiqueira, em 1943, sai da prisão em abril de 1945. Foram 9 anos de cadeia. O Partido conquista um breve período de legalidade, após massiva campanha.
Prestes é, nesse mesmo ano, eleito senador pelo Partido. O mais votado da República, com mais de 160 mil votos.
Impressionante.
Filme Comício: São Paulo a Prestes
Direção e fotografia de Ruy Santos
Texto de Alinor de Azevedo
Narração: Amarílio de Vasconcelos
Realização: Comitê Central do Partido Comunista
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Raimundo Jinkings: Um Semeador

“Uma família que tem por hábito plantar livros, só poderá colher nessa vida boas historias." (do pai de Clarinha)
Um Semeador
Clarinha, certo dia de 1992, visitava o Brasil com uns amigos e foi assaltada. Na Praça Batista Campos, em Belém. Um assalto violento à mão armada.
Clarinha, certo dia de 1992, visitava o Brasil com uns amigos e foi assaltada. Na Praça Batista Campos, em Belém. Um assalto violento à mão armada.
O assaltante a perseguiu e a feriu no braço com uma faca e tomou-lhe a bolsa. Ela conseguiu fugir e refugiou-se em uma livraria próxima.
Ela retornou à Paris, onde residia, com uma cicatriz de 16 pontos que levou o corte no braço. Ao recordar o episódio, conta ela, o que lhe veio à mente foi uma grata sensação do acolhimento e da solidariedade que recebeu naquela livraria. A gentileza daquele homem de cabelos branquinhos, que a amparou naquele momento, lhe oferecendo carinho e tanta atenção, foi o que marcou Clara. Muito mais do que aquela cicatriz.
O senhor de cabelos brancos ofereceu-lhe água, chamou a polícia, ligou para as pessoas que a hospedavam no Brasil, perguntou se precisava de algo, de dinheiro. Só depois soube o nome da livraria. Levou com ela, de volta a Paris, o nome da livraria Jinkings, a lembrança da agressão e a recordação daquele homem gentil. Ela tinha apenas 15 anos.
Anos depois, em 2009, navegando na rede, passando por um site de relacionamento, ela encontrou alguém que morava em Paris e tinha aquele nome que ela jamais esquecera. Deixou, então, um recadinho perguntando se teria ligação com aquela família de Belém.
Foi assim que, ao encontrar Mayra, neta de Raimundo Jinkings, ela pode resgatar aquela lembrança, com nome e sobrenome. Aquele homem gentil agora tinha nome, sobrenome e uma história que a emocionou.
Clara nos presenteou – a família – com o seu depoimento de uma lembrança que traz a nós uma sensação parecida à dela, ao lembrar.
- ... nunca esqueci a gentileza com que fui tratada lá, nunca mais soube nada dessas pessoas, do Senhor educado, inteligente e gentil que me trouxe água. Acredite, nem uma má impressão ficou em mim, mesmo o assalto tendo sido muito violento, apenas ficou em mim que aquelas pessoas foram as mais gentis que conheci em toda minha vida... as da família Jinkings.
Generosamente, Clarinha devolveu-nos a gentileza, proporcionando um momento de doce saudade. Um homem, como a sensibilidade dela captou, educado, gentil, atencioso, justo, generoso, preocupado com o futuro, dedicado à luta por um mundo melhor.
- Contei para meus pais que achei alguém da família do senhor que me ajudou, já fazem mais de 15 anos..., e meu pai me falou... "Uma família que tem por hábito plantar livros, só poderá colher nessa vida boas histórias."
Leila Jinkings
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Raimundo Jinkings: um homem amável.

Depoimentos espontaneos como este que Mayra Jinkings, filha do Álvaro (Valico), são lembranças de um homem gentil, sensível, generoso, lutador e que muito fez pela cultura e pelas conquistas democráticas no Pará. Era meu pai, Raimundo Jinkings.
Mayra :
Vozica, olha o que essa moça me escreveu. Ela me achou no orkut
Há muitos anos fui ao Pará e lá fui assaltada e os homens me machucaram com uma faca, era perto de uma praça, corri pra uma rua e entrei em uma livraria que tinha o teu nome, isso ja faz muitos anos, mas nunca esqueci a gentileza com que fui tratada lá, nunca mais soube nada dessas pessoas, do Senhor educado, inteligente e gentil que me trouxe água.
Acredite, nem uma má impressão ficou em mim, mesmo o assalto tento sido muito violento, apenas ficou em mim que aquelas pessoas foram as mais gentis que conheci em toda minha vida...as da familia Jinkins.
Não tenho certeza se vc é do Pará, da cidade de Belém, mais se for e conhecer algo sobre esta livraria me mande links, emails.
Obrigada.
.sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Meg Homenageando Livreiros e Mestres
em debate na Livrariazinha da Jinkings
Uma homenagem aos meus Professores. Todos.
Hoje é o dia Professor!
Há pessoas que não gostam (ou dizem não gostar) dessas datas comemorativas. Eu gosto. E tenho explicado por que gosto.
Bem entendido, eu gosto de datas em que se ‘co-memora’ ou ‘re-memora’ a força pessoal, subjetiva ou coletiva, empregada pelo homem na transformação da espécie humana, do seu ambiente, e no melhoramento da Vida em geral.
Isto tem a ver, suponho, com o que Dostoievski, em os Irmãos Karamazov, aponta:
” Em todo homem, é claro, habita um demônio oculto: o demônio da cólera, o demônio da luxúria sem peias; o demônio do prazer voluptuoso frente aos gritos da vítima torturada…“
Ou seja a luta contra a barbárie, que não cessa de existir e insistir. Penso eu.
Eu também gosto de profissões em que as pessoas dão tanto de si naquilo que fazem que, por metonímia, passam a ser chamadas, como sendo o seu nome, pela profissão que exercem.
Por exemplo, o professor Benedito Nunes, o sábio, meu mestre, meu ‘oriente’, a pessoa que sempre me serviu de norte, antes até mesmo de ele saber, cujo estímulo me permitiu soltar-me das planuras em que habitava e, eventualmente alçar alguns pequenos, mas mesmo assim, vôos.
Pois bem, para mim, para nós, ele é sempre o “Professor“.
Não há dúvidas nem mal-entendidos: o Professor é o professor Benedito Nunes.
Ter que nomeá-lo é falar com estrangeira pessoa. Quem não compreende isso é como se fosse, no offense, tudo cristão novo.
*
Mas também quando penso na data de hoje, 15 de Outubro, eu sinto uma extrema necessidade: eu queria falar de todos os que foram, os que são, aqueles que têm sido e os que - eventualmente - por algum momento em minha vida -pequenina- foram meus “Professores”. Tarefa que receio ser superior às minhas forças, no momento. Mas - como quando não podemos, apenas fazemos - eu queria homenagear todas essas pessoas, de algum modo, e então me ocorreu o seguinte:
Em um trabalho que estou fazendo a duras penas, vocês sabem por que, eu digo/escrevo o seguinte:
“Para a grande empreitada labiríntica que é a de construir uma biblioteca lida (o que é bem diferente dos livros que você tenha - bloody exhibit! - em sua biblioteca) , você, eu, nós, tal como Dante (Alighieri) necessitamos , sim, da sábia condução de um Virgilio ( Publius Vergilius Maro) . E, confesso, também, não posso viver sem um. Não confio em mim mesma a tal ponto que os dispense ou venha a dispensá-los algum dia. Eu os atraio pois necessito deles. Eles me encontram porque, sem saber, talvez, eles pressintam que são necessários para mim. E se forem sábios eles jamais lhe farão imposições. Se não forem sábios, livre-se imediatamente dele(s). Bem, um dia talvez eu lhes conte minhas aventuras de “Alice/Elisa no Labirinto dos Livros Lidos e A Ler”.
Pois é. Eu também gostaria que existisse o dia do Livreiro. Eles são nossos incitadores, condutores, bem , não só eles… mas principalmente eles.
Dos demais, tão importantes, eu falarei quando conseguir, mas sintam-se homenageados, desde agora.
Houvesse um dia do Livreiro e a ‘espécie’ não estaria em vertiginosíssima extinção. O meu Livreiro, o Sr Alberto Abreu da Livraria Padrão já foi até condecorado em terras francesas. Mas quem sabe ainda o que é um ‘livreiro’, se o que temos hoje são livrarias de shoppings?. Ou mesmo quando elas são muito grandes, um shopping dentro de outro?
*****
Com alguma pena e muito orgulho eu digo que tive alguns livreiros: em Belém, o ‘Seu’ Jinkings, adorável pessoa do tempo em que ‘entrei na Faculdade’. Qualquer pessoa sabe ou tem na lembrança quem ele foi e o que representou em Belém do Pará.
Mas também eu já tinha por correspondência, outros altos livreiros: em São Paulo, a D. Maria Antônia, da Livraria Duas Cidades, ah! E no Rio, o ‘meu’ livreiro, o querido, o do coração: o “seu” Alberto da Padrão.
O que é mesmo um livreiro?
Um ser especial. Um livreiro. Espécie em extinção.
Só privilegiados ainda sabem o que significa ser ‘livreiro’. Ter o ‘seu’ livreiro.
Um livreiro é um bibliófilo, quase um bibliólogo.
O meu - Alberto Abreu, dono da livraria Padrão - Editora, é o que sabe minhas angústias, adivinha aquilo de que necessito, antes mesmo que eu esboce, claramente, aquilo de que preciso.
Esclarece minhas dúvidas, corrige-me premissas básicas.
Quando fui convidada pela Funarte, leia-se Adauto Novaes, em 1995, para construir o que nunca havia sido feito antes, uma bibliografia comentada sobre a Literatura Libertina, foi ele quem primeiro me chamou a atenção, para a origem do próprio nome, que a Gramática francesa não registrava, o termo ‘libertino‘, que só surge para classificar o herege, aquele que se opunha ao domínio do saber monástico, que era único, unificador. E foi um termo cunhado por Jean Cauvin (CALVINUS) (1509-1564).
À época dos Enciclopedistas (Diderot, D’Alembert et alii). À sombra da Inquisição.
Só depois, estudando-se a História das Edições é que se vê surgir a dura vida dos escritores como Giorgio BAFFO, que , italiano (veneziano) corria risco de vida para editar na França, etc e etc e talz.. E acho que praticamente, agora, todos sabem.
**
Antes havia muitos livreiros. Quase como um psicanalista, ou um sacerdote, o livreiro, verdadeiro xamã, é um especialista em generalidades, como diria Millôr Fernandes. São apaixonados e tudo sabem sobre quase todas as áreas do conhecimento: Filosofia, Direito, Crítica Literária… Sabem tudo o que é publicado no mundo.
Um livreiro é, sim, um xamã: alivia ou agudiza nossas dores, adivinha o que queremos antes que venhamos a precisar. Determina nosso futuro. Duvidam? Então vejam: O Sr. Alberto foi quem me apresentou os primeiros livros de mitologia, sobre a tragédia grega e a “morte” do gênero e isso foi decisivo. Sem mais aquela, ele me disse que eu deveria ler um belo volume do G. Delumeau, a História do Medo no Ocidente e vocês não sabem a revolução que foi isso na minha vida. E ontem, conversando com adorável pessoa, vivi momentos de enleio, relembrando que foi ele que me vendeu o segundo exemplar que tive do ‘Confabulário Total’ de Juan Jose Arreola.
*
Agora, o que é necessário dizer é que foi ele quem me apresentou o primeiro livro de Paulo Rónai, com quem eu viria a manter uma breve correspondência, enquanto estive no Brasil, e por quem eu passaria a ter uma admiração infinita. Para o resto da minha vida. Coisa que muitos não entendem, mas…como diria o outro: “Que fazer?”
*
Alberto de Abreu Mathias, o 'seu' Alberto da Padrão, começou na antiga Livraria Acadêmica, na Rua São José, centro do Rio de Janeiro que se mudaria depois para a Rua Miguel Couto, 49.
Por trinta e cinco anos lá trabalhou e solidificou a amizade com o Sr. Carlos Griesbach Jr, com quem fundou a Padrão. contando com mais outro sócio, expert em livros raros, o português, Sr. Alberto Lopes Vieira, com um ‘faro’ inigualável para encontrar preciosidades.
Lá, na livraria, eles recebiam Cecília Meireles, Graciliano Ramos, Antonio Houaiss, Paulo Rónai, Plinio Doyle, Edson Nery da Fonseca, Otto Maria Carpeaux, Gladstone Chaves de Melo, Haroldo Maranhão e Benedito Nunes… E os mais novos, a jovem guarda, Antonio Cícero (que foi meu professor - ah! ele é irmão da cantora Marina com quem compõe músicas, ou a Marina é irmã dele, eu o adoro e sei que ele não se importará com essa ordem) e mais Alexei Bueno, Jorge Henrique Bastos, amigo do coração, que, hoje, tendo retornado há pouco de Portugal, onde morou 15 anos (Jorge Henrique, e a nossa entrevista, belo?) é o Editor, da WMartins Fontes, e da Editora Martins; e tantos outros.
**
Não, não pensem que aqueles primeiros citados são meus contemporâneos, embora o Sr Alberto seja meu grande amigo. Mas se quiserem, não é? Afinal, eu tenho cerca de 870 anos ;-))
Eu era uma grácil mocinha, em Belém - onde nasci - comecei a ensinar Filosofia na Universidade Federal do Pará e, comecei a me corresponder com várias pessoas a quem hoje homenageio, aqui no Sub Rosa. E creio firmemente que foi a acolhida por carta, sempre benevolente, amável e generosa, que me ensinaria a ser o que “muitas” pessoas chamam de ‘delicada e gentil’. Acho que foi puro reflexo do que recebi. Sempre, ou quase sempre, somos isso, o reflexo do que nos dão.
Quando eu estava me preparando para vir fazer o mestrado na PUC do Rio de Janeiro, escolhi fazer minha monografia sobre a questão do Humanismo. Escolhi Sartre e Heidegger. Mais uma vez ainda, os meus amigos/correspondentes me abriram os olhos para Henri Bergson, Albert Camus, Barthes e Foucault. E Elias Canetti. (Jorge Henrique me deu lições preciosas que nem sei se agradeci a contento. ;-)
****
Quando o dinheiro da Bolsa de Estudos da Capes, falhava ou ‘mal dava’ para nossos gastos com locação e locomoção, o seu Alberto da Padrão era um Pai. Cheguei a pagar dívidas de livros com dois anos de atraso!. (Num país com altíssima inflação e que atravessava tantas crises, vocês sequer podem imaginar o que isso significava.) E isso é ter um livreiro. Amizade inabalável. E depois, levianamente, as pessoas falam em poder. Poder, meus filhos, é isso. Pelo menos o que eu anseio, e tem a ver com o supremo poder, contido na referida citação de Dostoievski.
***
Não saberei dizer mais nem melhor da importância dessas pessoas em minha vida.
Elas fizeram de mim o ser que sou hoje.
Se as pessoas me acham gentil (o que na verdade não sou), -alguns até reclamam de eu ser gentil, sem necessidade ou … bem, se sou, é porque precisavam ver e saber, com quanta gentileza e generosidade, fui tratada quando me determinei a conhecer, a aprender tudo o que pudesse. Sempre e mais.
A todos quanto devo essa empreitada interminável, em que incluo tanto o meu Pai, até a quem me ajuda quando grito, pelo blog, Socorro, preciso de ajuda, e aquelas que me orientam por email, quando eu grito por ajuda! eu agradeço, na pessoa de Alberto de Abreu Mathias, que hoje, com muitos anos, ainda mantém o mesmo vertiginoso entusiasmo.
Um livreiro por inteiro, na livraria em tempo integral (mesmo contra a vontade da filha e dos netos). Seu Alberto que foi homenageado há alguns anos na Bienal do Livro em Paris. Que foi homenageado pela Academia Brasileira de Letras, mas o que é importante mesmo: ele recebeu a medalha “JOÃO RIBEIRO”. Por acaso você tem idéia de quem foi, João Ribeiro? Pois é! Que não atende só os professores e intelectuais…Ajuda os livreiros iniciantes, novos na profissão (pouquíssimos, como o Araken da Livraria Contracapa) atende clientes ilustres ou não, com o mesmo amor, empenho e dedicação. Que também lhe fizeram belíssima homenagem: um livro com a homenagem de todos os que são representativos no mundo das Letras e dos Livros. Uma iniciativa dos filhos (Ana Abreu, à frente) e netos
Sua filha Ana Abreu segue-lhe os passos. E vejo hoje o mesmo amor aos livros e aos leitores, em seu neto André.
Eu me sinto especial e sinto que a VIDA me deu um presente , que me torna orgulhosa e (me) creio ‘distinta’.
Postado por Meg em 2007, no Blog Sub Rosa
beijo, Meguita.
.
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Ziraldo na Livrariazinha da Jinkings
Tathagato (como Menino Maluquinho) e Ziraldo
Uma das várias visitas de Ziraldo à Livrariazinha da Livraria Jinkings.
Desta vez, ele se fez acompanhar da saudosa Vilma, de quem hoje é viúvo.
Ficaram alguns dias e Jinkings e Isa os levaram para conhecer o Marajó e
outros encantos do Pará.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
sábado, 6 de setembro de 2008
No Blog da Cris Moreno
Hoje é aniversário de Jinkings.
Recebe homenagens da família e dos amigos.
Taí, não consigo usar o verbo no passado,
no tempo do houve, aconteceu, existiu, viveu...
sou resistente, como ele!
Beijos, Jinkings. Feliz aniversário!
Postado por Cris Moreno
Veja na íntegra aqui

Recebe homenagens da família e dos amigos.
Taí, não consigo usar o verbo no passado,
no tempo do houve, aconteceu, existiu, viveu...
sou resistente, como ele!
Beijos, Jinkings. Feliz aniversário!
Postado por Cris Moreno
Veja na íntegra aqui

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